
Com o início da conferência do clima em Belém, cresce a corrida por espaço na mídia
Com o início da COP30 em Belém (PA), o Brasil volta a ser protagonista do debate global sobre clima e sustentabilidade. O evento, que reúne líderes de quase 200 países, não será apenas um marco político e ambiental, mas também um dos momentos de maior visibilidade para empresas que desejam mostrar seus compromissos com o futuro. Em meio à cobertura intensa da imprensa nacional e internacional, cresce a disputa por espaço nas páginas e microfones.
Marcas que chegam preparadas, com mensagens claras e dados concretos, têm mais chances de se destacar em reportagens, painéis e colunas sobre a transição para uma economia verde. É nesse contexto que a assessoria de imprensa se torna um diferencial estratégico, capaz de transformar informação técnica em narrativa pública relevante. Durante a COP, jornalistas buscam fontes que ofereçam análises consistentes, histórias de impacto e resultados comprováveis.
Para as empresas, isso exige mais do que ações pontuais: requer planejamento de comunicação, porta-vozes capacitados e alinhamento entre discurso e prática. “A COP30 é um momento de saturação informativa. Há centenas de marcas tentando se associar à pauta climática, e só se destacam aquelas que conseguem traduzir o que fazem em histórias de interesse público”, afirma Silvana Inácio, CEO e fundadora da Si Comunicação.
Segundo a executiva, o diferencial está em preparar-se antes que o evento comece. “A visibilidade não acontece no improviso. As empresas que planejam sua comunicação com antecedência, mapeando temas, capacitando executivos e estruturando dados, chegam à COP com clareza de mensagem e relevância jornalística, sem o risco de cair em um Greenwashing”, explica.
Para Silvana, a função da assessoria vai além de divulgar ações: é também a de curadoria estratégica da mensagem corporativa. A assessoria atua como tradutora entre o técnico e o público. “Ela organiza a informação, identifica o que é notícia e conecta a empresa aos jornalistas certos, no momento certo. É isso que transforma dados em reputação”, complementa Silvana.
O interesse da imprensa por fontes corporativas é crescente. Redações cada vez mais enxutas têm buscado especialistas capazes de explicar temas como transição energética, economia de baixo carbono e inovação sustentável. Nesse ambiente, ter uma comunicação estruturada pode definir quem será ouvido e quem passará despercebido. De acordo com Silvana, o desafio não é apenas ocupar espaço na mídia, mas fazê-lo de forma legítima. “A imprensa, hoje, quer legitimidade. Não há mais espaço para discursos genéricos ou promessas vagas. O que gera credibilidade são dados verificáveis, resultados concretos e coerência entre o que se fala e o que se faz”, reforça.
Com o Brasil no centro do noticiário internacional, a COP30 se consolida também como um teste de reputação para o setor privado. Marcas que tratarem a comunicação como parte estratégica do negócio e não apenas como divulgação estarão mais bem posicionadas para construir confiança e relevância.
“A comunicação, quando bem conduzida, é o que transforma compromisso em credibilidade. E, em um evento como a COP30, quem não se comunica estrategicamente corre o risco de ficar invisível”, conclui Silvana.